9 Setembro 2021
Com a sustentabilidade na ordem do dia e do planeta, é cada vez maior a consciência de que é imperativo procurar estilos de vida e soluções mais eficientes e mais saudáveis para nós, para a nossa família e para o nosso lar. Das fundações à cobertura e do exterior para o interior, o projeto da casa pode ser (e vai ser!) o mais sustentável possível, com sistemas adequados à concretização do seu sonho, como é o caso do aquecimento central e, em particular, do piso radiante.
O que é o piso radiante?
Em voga nos dias que correm, já era utilizado pelos Romanos, que o levaram a todas as partes do seu vasto império, junto com o aqueduto, o SPA ou a cloaca (sistema de esgotos). Trata-se de um sistema instalado debaixo do soalho que aquece a casa através de um conjunto de cabos e tubagens, e cuja emissão de calor pode ser hidráulica ou elétrica – os chamados piso radiante hidráulico e piso radiante elétrico.
Se optar pelo piso radiante, é importante ter em conta o tipo de pavimento, já que nem todos os materiais são apropriados. Fale com os nossos técnicos para verificar se aquele pavimento de que tanto gosta é compatível como este sistema.
O piso hidráulico
No piso radiante hidráulico, a circulação de água quente (ou outro líquido termodinâmico) na tubagem debaixo do soalho liberta o calor que vai aquecer o espaço, tanto o chão como as paredes e, consequentemente, o ambiente. As paredes não contêm tubagem, mas ficam quentes devido ao facto de o ar quente ser menos denso e subir.
Esta tubagem está, por sua vez, ligada a um aparelho que aquece a água, como a bomba de calor e a caldeira, e funciona a gás, biomassa ou até energia solar, caso opte por painéis solares.
Apesar de se tratar de uma alternativa de maior eficência energética, este tipo de piso é mais dispendioso na instalação e na manutenção, que terá de ser regular. Sugerimos que avalie custos e consumos, simulando o seu projeto aqui.
O piso elétrico
Já neste tipo de piso o que se instala são elementos elétricos ligados à rede elétrica da habitação. Ao contrário do hidráulico, este piso é mais versátil em termos de instalação e de remodelação de espaços:
- não carece de infraestrutura específica;
- não implica a remoção do soalho existente, pode ser colocado outro por cima;
- não obriga a obras extensas;
- menor manutenção.
Apesar de ser uma opção mais económica a curto prazo, nomeadamente na aquisição e instalação, é conveniente avaliar o consumo energético antes de fazer a sua escolha. Sugerimos que faça as suas contas, simulando o seu projeto aqui.
Como qualquer outro elemento de uma edificação, o piso radiante apresenta características que, no seu conjunto, serão mais ou menos adequadas ao projeto, quer do ponto de vista das necessidades da família, quer do orçamento que tem disponível:
↑ o aquecimento é uniforme, maior sensação de conforto;
↑ mais eficiência térmica, devido uma perda menor de calor pelas paredes e teto;
↑ o aquecimento faz-se a temperaturas mais baixas do que outros sistemas;
↑ maior poupança em consumo energético;
↑ não interfere com as linhas estéticas da arquitetura, nem com a decoração;
↓ o sistema tem custos de instalação mais elevados;
↓ mais tempo para atingir o ponto de aquecimento;
↓ os ajustes de temperatura não são imediatos;
↓ não é adequado a áreas pequenas.
O piso radiante é um sistema que requer integração com a estrutura da casa (a construir ou a remodelar) e vai ser necessário planeá-lo no seu projeto, por isso sugerimos que peça aconselhamento junto dos técnicos especializados do nosso Gabinete. Não hesite, vai encontrar uma equipa multidisciplinar disposta a ajudá-lo na concretização do seu projeto.
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