Revestimento de fachadas

7 Setembro 2021

É inegável o importantíssimo papel que o revestimento tem na proteção das superfícies exteriores e interiores de uma edificação. Garantem que esta se mantenha em boas condições durante muito tempo e fazem poupar uns largos milhares de euros em reparações futuras. Nas fachadas os revestimentos assumem uma outra função: vão conferir estética às faces exteriores da casa.

A escolha e aplicação de revestimentos em fachadas

Tal como no revestimento de qualquer outra superfície, também no das fachadas as técnicas e materiais a aplicar são cruciais para garantir o sucesso desta etapa da construção da sua nova casa. É imprescindível conciliar revestimentos com o tipo de arquitetura e de sistema construtivo, e com o material destas paredes exteriores.

Quais os tipos de revestimento de fachadas mais comuns?

No que diz respeito às fachadas, o revestimento deve assegurar às mesmas estanqueidade, impermeabilização, isolamento térmico e acústico, e conforto tátil e visual. Dos diferentes revestimentos, os mais comuns são:

1) A pintura

Este é o tipo de revestimento mais aplicado entre nós e no topo das preferências, sobretudo por ser o mais económico, pelo menos a curto prazo. Ainda assim, e para garantir a proteção das fachadas, é mesmo necessário investir em tintas de qualidade que sejam resistentes aos elementos naturais. A médio e longo prazo, este revestimento vai implicar mais custos em manutenções regulares.

2) O azulejo

A seguir à pintura, o azulejo é um dos revestimentos mais aplicados em Portugal – aliás, é um dos ex-libris do nosso país. A sua utilização não se deve apenas à tradição, mas ao facto de ser um material duradouro, de manutenção muito baixa ou quase nula, e económico. Este tipo de revestimento é aplicado em qualquer uma das faces exteriores de uma casa, ou edifício, seja em todas ou apenas na fachada principal.

3) O tijolo

Uma vez que está muito em voga os ambientes retro da arquitetura industrial e rústica, assim também o revestimento a tijolo tem sido adotado. É um material de baixa manutenção, duradouro e mais económico. O mais frequente é ser conjugado com outro tipo de revestimento.

4) A pedra

A pedra tem o grande conveniente de ser um material muito resistente aos elementos climatéricos e de se adaptar a diferentes conceitos estéticos e tipos de arquitetura. O mercado disponibiliza um leque variado de pedras que permite conciliar as necessidades construtivas com a estética e o plafond disponível. Entre nós, uma das mais comuns é o granito e, na última década, tem crescido a procura pelos materiais locais (ex.: o xisto) que promovem a construção sustentável.

5) O betão

Resistente, duradouro, acessível e de manutenção quase nula, o betão é escolhido em projetos de arquitetura contemporânea, sobretudo para acentuar uma estética minimalista.

6) O porcelanato

O porcelanato é um tipo de cerâmica que apresenta grande resistência, durabilidade e impermeabilidade, atributos muito convenientes em geografias húmidas. Confere, ainda, sofisticação e elegância ao projeto.

7) A madeira

Enquanto revestimento, a madeira tem vindo a ser adotada em projetos de arquitetura contemporânea, sobretudo conjugada com outros tipos de revestimento (como o betão e o metal), por conferir elegância e sofisticação. Mas é um material que exige manutenção muito regular, aplicando-se impermeabilizantes (tintas, vernizes) para ficar protegido do calor e da humidade. Será uma questão de ponderar o custo-benefício.

8) O zinco

O zinco é um dos metais mais utilizados para revestimento de fachadas e de outras superfícies exteriores, pois reúne um conjunto único de características: é muito duradouro, é muitíssimo resistente à corrosão, não sofre mutações com as temperaturas do clima (não expande nem contrai) e de manutenção quase nula.

9) O aço Corten

O aço Corten é um tipo de aço que apresenta uma camada exterior de óxido (e daí a aparência enferrujada) que cria um escudo contra a ação corrosiva dos elementos naturais. Muito duradouro, o aço Corten permite poupar a longo prazo mas, sendo ainda uma novidade, o seu custo a curto prazo é mais elevado.

Como vê, tem várias opções para revestir as fachadas da sua nova casa. Converse com a sua equipa de arquitetos e engenheiros para encontrar a solução mais adequada ao seu projeto.

E não deixe de experimentar o nosso simulador online, uma ferramenta criada especialmente para poder testar diferentes alternativas, e não hesite em colocar as suas questões aos especialistas do nosso Gabinete Técnico.

Publicações Recentes

Construção antissísmica - Qual a sua importância?
Construção antissísmica - Qual a sua importância?
3 Setembro 2024

Às 05h11 do dia 26 de agosto, Portugal tremeu com um sismo com magnitude 5,3 na escala de Richter. Apesar de não se ter sentido em todo o lado e de não se terem registado feridos nem danos materiais, trouxe à baila o tema da segurança das habitações.

Afinal, só em Lisboa, cerca de 30 mil edifícios de habitação não são resistentes a sismos, uma vez que foram construídos antes de 1960, dois anos antes de a primeira legislação antissísmica ter entrado em vigor em Portugal. Ou seja, na capital, 60% das habitações não estão preparadas para resistir a sismos.

Dicas para reduzir a sua pegada ecológica em casa
Dicas para reduzir a sua pegada ecológica em casa
1 Julho 2024

A pegada ecológica é um indicador de sustentabilidade ambiental, cuja finalidade é comparar a capacidade do planeta com a necessidade e consumo de recursos naturais por parte da sociedade.

Sabe como é calculada?

Este indicador é expresso em hectares globais. Ou seja, um hectare global corresponde a um hectare de produtividade média mundial para terras e águas produtivas num ano.

Pode calcular-se a pegada ecológica de todo o planeta, ou apenas de um país, região ou mesmo produto ou pessoa. 

Quais as vantagens de ter uma casa ecológica e sustentável?
Quais as vantagens de ter uma casa ecológica e sustentável?
1 Julho 2024

Sabia que, em 2023, o Dia da Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day), momento em que os recursos naturais disponíveis para o ano inteiro chegam ao seu limite, registou-se a 2 de agosto? Ou seja, em sete meses, a humanidade consumiu mais recursos naturais do que o planeta é capaz de regenerar no período de 365 dias.

O QUE SÃO CASAS ECOLÓGICAS E SUSTENTÁVEIS?

Diretiva da UE sobre a eficiência energética dos edifícios - O que vai mudar?
Diretiva da UE sobre a eficiência energética dos edifícios - O que vai mudar?
1 Julho 2024

Sabia que os edifícios são responsáveis por cerca de 40% do consumo de energia e por mais de um terço das emissões de gases com efeito de estufa nos 27 Estados-membros da União Europeia?

Essa é uma das razões que fez com que recentemente fossem votados e aprovados em Parlamento Europeu os planos para reduzir o consumo de energia e as emissões de gases com efeito de estufa no setor dos edifícios.